18 de mai. de 2010

MARIA DE NAZARÉ, MARIA DA JUVENTUDE

Olhemos para o povo de nossas comunidades. O amor que dedicam a Nossa Senhora é sempre de muita devoção e carinho. Com a juventude pejoteira não é diferente. Há uma identificação muito grande, pois Maria foi uma jovem que disse Sim ao projeto de Deus. Além disso, se sabe pela tradição e pelas escrituras que Maria era uma moça alegre e simples. Ela aprendeu a ler e interpretar as escrituras. Era conhecedora da história de Israel e das promessas de Deus. Quando recebeu a visita do anjo que lhe fez a proposta de ser mãe do Messias, não aceitou prontamente. Quis primeiro saber como se dariam estas coisas. Com a explicação, pôs-se à disposição com fé e entrega.

Neste sentido, Maria é um grande exemplo para toda a juventude. Aceita, sim, a missão que Deus lhe dá. Mas não antes de poder entender melhor. Não assume aquilo que não entende. Não assume por assumir. Aceita convicta, certa do que pode vir a acontecer. Nós sabemos também que Maria era uma jovem humilde, que fora prometida em casamento a José. Eles eram um casal reconhecidamente pobre, tanto que Jesus nasceu numa estrebaria e duas rolinhas foram o sacrifício apresentado quando o levaram ao Templo.

No canto do Magnificat, Maria não trouxe somente as preocupações consigo, mas principalmente com os desvalidos, famintos e explorados. Deus não agia apenas no plano espiritual, não era distante ou preso ao Templo. É um Deus que quer uma nova relação entre as pessoas. Uma relação de justiça e misericórdia.

Na passagem das Bodas de Caná, Maria intercedeu pela família nascente junto a Jesus para que aquela festa não caísse em vergonha. E, na hora da perseguição aos seguidores de Jesus, Maria estava no Cenáculo junto aos apóstolos. Maria é aquela que não deixa desamparada quem precisa.

Em nossas comunidades, temos um especial carinho com Nossa Senhora. Ela é reconhecida e retratada pelos povos com as características locais. No Brasil é a negra Aparecida, para a América Latina é a Nossa Senhora de Guadalupe, com traços indígenas. Vi uma imagem de Nossa Senhora de Fátima que era uma típica portuguesa. E a Maria Auxiliadora vista em sonho por Dom Bosco era uma italiana bem grande. Em seu nome, muitas comunidades foram criadas e a mensagem de Jesus pode ser mais difundida. O povo se identifica com Maria e ela anima a caminhada do povo sofrido, rumo à libertação.
Maria de Nazré, Maria da Juventude

 
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